MODELAGENS EXTRAFÍSICAS
RESUMO
Esta é mais
uma abordagem com o objetivo de se desenvolver um arquétipo de raciocínio que
melhore o entendimento da multidimensionalidade que, ultimamente, vem se
transformando numa expressão subterfúgio no meio conscienciológico e se
consolidando na dialética empírica ideal para leigos e iniciados, camuflarem
ignorância diante de fatos que ainda não temos capacidade de compreender,
relacionados com o nosso plano físico, com o plano extrafísico adjacente e
outros acima.
Todas as deduções e hipóteses deste estudo foram abstraídas colhendo-se características e propriedades dentro do formidável laboratório experimental que se abre com a projeciologia, observando-se detalhes que geralmente passam despercebidos quando nos projetamos fora do corpo físico lucidamente e desta forma promovendo avanços em novos campos da parafísica nunca antes vislumbrados pelo meio científico, sempre restrito aos nossos obtusos sentidos físicos. Este estudo também vislumbra a possibilidade de iniciarmos uma unificação das bases filosóficas da Parafísica com as da Física Clássica.
INTRODUÇÃO
Na elucubração
deste arquétipo iremos considerar somente conscins
ressomadas em nosso simulacro tridimensional 3D, sustentado por suas três
dimensões espaciais: comprimento, largura e altura; e consciexes que habitam o plano extrafísico adjacente 4D, sustentado
por suas quatro dimensões espaciais: comprimento, largura, altura e mais uma
dimensão espacial axiomática.
Com objetivo
de isolarmos este arquétipo não iremos considerar consciexes que habitam planos extrafísicos acima de 4D, já que os
corolários que iremos apresentar poderão ser extrapolados, analogicamente, para
compreensão das interações entre todos os outros pares de planos extrafísicos
que sejam adjacentes.
Lembramos,
ainda, para não confundir o plano extrafísico 4D com o universo
tetradimensional da física clássica, com suas três dimensões espaciais e uma
temporal relativamente distorcida, que compõem um modelo batizado pelo meio
científico de hiperespaço.
Hipoteticamente,
para a concepção dos novos simulacros vamos recorrer ao truque de se retirar
uma dimensão espacial de ambos os universos adjacentes 3D e 4D e, consequentemente,
criarmos dois pseudo-universos. Um
chamaremos de p2D que ficará com duas dimensões espaciais – comprimento e
largura – e o outro de p3D que ficará com três dimensões espaciais –
comprimento, largura e altura – e a seguir assumirmos as premissas de que p2D
representa uma imitação virtual do nosso plano físico tridimensional no qual
habitam conscins igualmente virtuais;
e que p3D representa uma imitação virtual do plano extrafísico tetradimensional
adjacente no qual habitam consciexes
igualmente virtuais.
De posse
dessas premissas vamos tentar imaginar um limitado cenário (figura abaixo) onde seus corpos, edificações e
objetos estão simbolicamente estilizados, já que seria impossível imaginar que
formas os mesmos assumiriam dentro de um universo bidimensional real.
Neste arquétipo iremos analisar o cotidiano de hipotéticas conscins habitando o pseudoplano p2D, sendo observada por nós que seremos as hipotéticas consciexes que habitam o pseudoplano p3D. Ressaltamos ainda que as conscins de p2D poderão assumir a posição de observadoras se estiverem em EQM, ou projetadas fora de seus corpos, todas em plenas condições de herdarem mais uma dimensão espacial impingida pelo pseudoplano p3D.
1. O primeiro corolário que podemos abstrair deste arquétipo
é tentar entender certa peculiaridade que uma conscin vivencia estando projetada no plano extrafísico adjacente,
lucidamente. Quando a conscin, fora
de seu corpo, focaliza sua paravisão
em seu próprio plano físico, geralmente, se surpreende com a impressão de estar
vendo tudo de forma quase transparente, chegando achar que as edificações e
objetos em seu plano físico são constituídos de material semelhante ao vidro e
ficando, igualmente, surpresa quando verifica a movimentação orgânica no
interior de seu próprio soma ou no de
outras conscins que habitam este
mesmo plano físico.
Neste
arquétipo, vemos várias conscins
dentro e fora das várias edificações incluindo alguns objetos, todos definidos
por pontos e linhas que refletem a luz que se irradia em todas as direções
neste pseudoplano bidimensional.
Naturalmente, estes pontos e linhas representam verdadeiros obstáculos físicos
impedindo que a luz os atravesse e que estas conscins enxerguem o que está por detrás dos mesmos, entretanto
muito diferente de uma consciex, ou conscin projetada lucidamente, que do pseudoplano p3D enxerga com sua paravisão o interior dos objetos que
estão fora, ou dentro, das edificações inclusive, e também o funcionamento
orgânico no interior dos corpos orgânicos
das conscins de p2D, deixando
esta consciex, ou conscin projetada, com a nítida
impressão de serem feitos de material transparente.
O que ocorre, realmente, é que os pontos e
linhas que formam os objetos e paredes em p2D não estão sendo atravessados por
algum tipo de radiação parafotônica -
dando a impressão de que os objetos e paredes são feitos de material
transparente - e sim passando por cima da terceira dimensão espacial, que
neste caso é a altura, que p3D impõe e suporta, conferindo a consciex, ou conscin projetada, a possibilidade de observar através de toda
matéria opaca como se fosse transparente.
Provavelmente, esta percepção deva ser diretamente
proporcional ao nível evolutivo de cada consciência, começando pela ausência
total verificada em consciexes pós-dessomáticas parapsicóticas e
gradativamente evoluindo até atingir uma paravisão
com percepção plena de paratransparência.
Outros aspectos relativos ao Corpo Mental
e ao Estado Vibracional que inferem
na paravisão de quaisquer conscins, ou consciexes, serão abordados nos próximos corolários.
2. O segundo
corolário é uma extensão das propriedades verificadas no anterior, já que consciexes, ou conscins projetadas, podem ter a capacidade de atravessar com seus psicosomas corpos sólidos em nosso plano
físico.
Este arquétipo nos leva a concluir que tal fato ocorre pela
mesma transposição dos pontos e linhas de p2D, proporcionada por mais uma
dimensão espacial imposta por p3D, permitindo que consciexes, ou conscins
projetadas, passem simplesmente por cima destes pontos e linhas, deixando-as
com a impressão de que os mesmos estão sendo penetrados e atravessados pelos
seus próprios psicosomas.
Equivocadamente,
pelo fato de serem constituídos por algum tipo de paramatéria, sempre achamos que os psicosomas de consciexes
e conscins projetadas atravessam
portas e paredes sólidas, interpenetrando os espaços interatômicos existentes
na matéria em nosso plano físico.
3. O terceiro corolário que podemos extrair deste arquétipo
está relacionado com as interações entre as diferentes perspectivas geométricas
verificadas em p2D e p3D.
Neste
arquétipo vemos uma conscin no meio
de uma rua de p2D observando a mesma se aprofundar em ambas as direções numa
proporção direta a sua extensão. Entretanto, estando p3D uma consciex não sofre das mesmas restrições
de perspectiva verificadas conscin em
p2D, já que assumindo mais uma dimensão espacial em p3D ela fica com sua paravisão deslocada em função da altura
da qual observa, conferindo a esta consciex
uma espécie de holoperspectiva de
estar vendo, ao mesmo tempo, todas as edificações com suas vitrines ao longo da
rua em p2D.
Essa holoperspectiva é adquirida devido a
mais uma dimensão espacial, neste arquétipo a altura, em qualquer plano
extrafísico adjacente, sendo proporcional ao nível evolutivo de cada consciex, ou conscin projetada. Este corolário também pode ser a explicação para
o efeito ‘ballonnement’ experimentado
quando uma conscin entra numa EQM,
geralmente, deixando-a com a impressão de se sentir inchada e vendo tudo do
alto como se estivesse encostada no teto.
4. O quarto corolário que podemos extrair deste arquétipo
seria a concepção de uma nova teoria sobre a formação do nosso universo físico
tridimensional.
Ela irá se
coadunar melhor e corroborar com novos subsídios para aceitação dos paradigmas conscienciológicos pela comunidade
científica e de uma melhor compreensão das propriedades e características do
plano físico, extrafísico adjacente e superiores que constituem a multidimensionalidade, principalmente,
se cotejarmos com outras teorias similares para criação do universo apregoadas
pela física newtoniana-cartesiana e,
em especial, a teoria do Big Bang.
O apropriado
título de Teoria do Desempilhamento Interdimensional (Theory of
Interdimensional Unstacking) nasceu da possibilidade de podermos dividir
hipoteticamente em áreas infinitesimais todo o pseudo-universo p2D – constituído por planetas, estrelas, galáxias
e matéria escura e neste modelo todos sendo bidimensionais – e a seguir
podermos empilhar hipoteticamente todas estas áreas em um único volume dentro
do pseudo-universo p3D tridimensional
adjacente e que somará uma altura infinitamente pequena.
Este
desempilhamento ocorreria sem nenhuma necessidade de explosão e de forma
similar ao suave inflamento de uma bolha de sabão - onde a matéria escura
tridimensional seria a superfície formada pelo sabão e a energia escura
tetradimensional o ar que infla essa bolha - que daria origem a um pseudo-universo bidimensional p2D na
superfície desta bolha, restando apenas questionar se
tal bolha ficaria indefinidamente num
processo de expansão e contração, ou se tal bolha retornaria a ser empilhada em
p3D e também se haveria quantidades infinitas de pseudo-universos p2D sendo desempilhados ou empilhados e estocados
em p3D.
Mesmo admitindo que p2D apenas com o seu comprimento e sua
largura não teria condições de se estruturar, prescindindo de uma mínima
sustentação proporcionada por uma altura infinitesimal, este empilhamento em um
só volume de todas as áreas infinitesimais de p2D somariam uma altura
igualmente infinitesimal e ocupariam um volume também infinitesimal em p3D.
Para facilitar a compreensão, vamos supor que o pseudo-universo p2D bidimensional seja
formado pela sombra projetada de um universo tridimensional. Paradoxalmente,
temos que concluir que esta sombra necessitaria de mais uma componente
dimensional para permanecer estruturada sem desmantelar-se dentro de p3D.
Diante desta hipótese seria lógico extrapolarmos e
concluirmos que o nosso universo tridimensional sempre teve mais uma dimensão
espacial infinitesimal para poder se sustentar e se manter estruturado dentro
de seu adjacente tetradimensional.
Não sendo esta dimensão infinitesimal uma quarta dimensão
de fato e na ausência de um neologismo apropriado, este nosso universo tridimensional
teria que ser rebatizado e promovido a uma espécie de universo 3D e ½.
5. O quinto corolário são considerações que podemos fazer em
relação ao passar do tempo dentro dos
pseudo-universos p2D e p3D, já que o
tempo (T) como grandeza absoluta provavelmente não deva existir em nenhum
universo físico ou extrafísicos.
A título de
comparação vamos nos localizar como conscins
dentro de nosso universo tridimensional, um simulacro ilusório com comprimento,
altura e largura que se encontra atualmente em expansão, no qual o continuum
espaço-tempo sofre distorções considerando-se a teoria da relatividade que
utiliza seu modelo hiperespacial com três dimensões espaciais e uma temporal.
Esta teoria
nos leva a conclusão de que o passar do
tempo será mais lento em galáxias que se afastam em velocidades superiores
as que estão mais próximas do centro dessa expansão e nesses cálculos também
temos que incluir interações de velocidades resultantes entre estrelas e
planetas dentro dessas galáxias, independentemente do fato de que esses orbes
dentro dessas galáxias sejam, ou não, habitados por alguma consciex ou conscin.
Portanto,
analogamente, podemos concluir que o passar
do tempo no pseudo-universo p2D
vai estar relacionado diretamente com a resultante dessas velocidades e,
principalmente, a da expansão ou da contração de nossa teórica bolha de sabão do corolário anterior que
dependendo da resultante poderá passar mais rápido, mais devagar ou até ficar
parado e, em hipótese alguma, irá interferir com o passar do tempo em p3D.
Outro
complicador adicional seria o passar do
tempo que cada consciência vivencia, independente de estar no plano físico
ou no extrafísico. Em nosso plano físico podemos observar entre conscins com diferentes níveis
evolutivos, ou em estados alterados de consciência, que o passar do tempo não é necessariamente o mesmo para todas.
Percebemos isto, até mesmo na execução de alguma atividade que nos compraz,
quando o passar do tempo desacelera
e, consequentemente, temos a sensação de que a tarefa durou alguns minutos,
mais que na realidade muitas horas que se passaram.
Logicamente, o
Estado Vibracional deve estar
intrinsecamente associado à faculdade de podermos defasar o passar do tempo, tanto estando à
consciência no plano físico como no plano extrafísico. Imagine o corpo mental entrando em Estado Vibracional, num indo e vindo,
simulando a amplitude primária de uma onda portadora que diminui na medida em
que a frequência aumenta e, desta forma, atingindo uma velocidade igual, ou
próxima, a da luz, consequentemente, fazendo o passar do tempo parar ou fluir mais devagar e isto tudo sem a
necessidade do corpo mental mover-se
junto com seu soma e/ou psicosoma permanecendo, absolutamente,
parado no mesmo local.
Curiosamente
temos plenas condições de utilizar esta técnica para retardar o envelhecimento
do soma humano. Ela consistiria,
principalmente, na constância de atividades edificantes que nos faça vibrar de
empolgação, mantendo-nos o máximo de tempo possível em Estado Vibracional e de forma natural fazendo com que simulemos
velocidades iguais, ou próximas, a da luz sem nos movermos e usufruirmos,
assim, todos os efeitos positivos preconizados pela teoria da relatividade.
6. O sexto corolário que podemos extrair deste arquétipo
está relacionado com interações topográficas que ocorrem entre p2D e p3D.
Podemos
deduzir que devido a mais uma dimensão espacial proporcionada pelo plano
extrafísico adjacente, a topografia de p3D pode interpenetrar sem interagir com
a topografia de p2D. Esta seria explicação mais plausível para o fato de
encontrarmos distritos extrafísicos no interior da terra e dos mesmos não
representarem nenhum obstáculo para consciexes,
mesmo pouco evoluídas, e conscins
projetadas de viverem ou se locomoverem nessas psicosferas.
Parece que
existi uma espécie de paragravidade
na psicosfera de todo orbe físico
agindo sobre uma espécie de paradensidade
inerente ao psicosoma e que quanto
mais densa mais afunda e mantém essas consciexes
aprisionadas nesses subníveis energéticos.
De acordo com
o quinto corolário, vemos que a quase, ou total, ausência de Estado Vibracional acelera o passar do tempo dessas consciexes, conferindo-as a sensação de
que permanecem nesses distritos extrafísicos há séculos, mas que na realidade
correspondem há poucos anos, mesmo comparando com o passar do tempo em nosso plano físico.
7. O sétimo corolário trata da impossibilidade de uma consciex poder atuar em p2D sem a
interveniência de uma conscin que
seja médium.
Mesmo
admitindo que p2D com a altura infinitesimal demostrada no quarto corolário,
constatamos que seria praticamente
impossível para consciexes, ou conscins projetadas, atuarem sobre objetos e corpos em p2D sem a
participação de um médium. Seria a mesma proeza de se agarrar uma sombra
projetada numa superfície, mas se houvesse um médium que aumentasse essa altura
infinitesimal provocando um maior relevo, tal façanha seria perfeitamente
factível.
Então, podemos concluir que em qualquer
fenômeno anímico-mediúnico o que ocorre, na realidade, é o médium promovendo um
incremento dessa “meia” dimensão espacial possibilitando, assim, interações do
nosso plano físico 3D com o plano extrafísico adjacente 4D e, de forma análoga,
para com os pares de planos extrafísicos adjacentes 5D e superiores.
CONCLUSÃO
Os que lerem e
compreenderem estas estrapolações sobre a multidimensionalidade poderão
continuar elaborando e deduzindo novas hipóteses que corroborem ou comprovem
que estes corolários podem estar totalmente, ou parcialmente, incorretos.
Temos, ainda, que deixar bem claro que o principal escopo de Modelagens Extrafísicas será o de provocar um desencadeamento de idéias e questionamentos com abordagens generalistas ainda não conjeturados, ao contrário de simplesmente responder perguntas, didaticamente, que darão margens para catedráticos eletronóticos professarem ensinamentos e doutrinas para mentes bitoladas com senso hipotético dedutivo próximo de zero e que se orgulham de limitadas especializações acadêmicas.
Rio de Janeiro, 1998 ~ 2025.
Eudes Dantas
Obs: Quanto aos neologismos utilizados nesta matéria, em caso de dúvidas, suas sinonímias já podem ser buscadas no próprio Google.
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